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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Índios Mura

Os índios Mura, verdadeiros ciganos aquáticos, cujas habitações no inverno eram as canoas e, no verão, pequenas palhoças nas praias, tinham seu habitat na região do baixo Purus, no Amazonas.

Percorriam o emaranhado de canais que desemboca ao longo do rio Solimões e do Madeira.

Os Muras foram os que mais se destacaram entre os grupos tribais, pelo fato de evitar contato com a civilização branca e rechaçar qualquer tentativa de invasão de seus territórios.

A rejeição nascera de um profundo ódio contra tudo que limitasse sua liberdade: resgates, descimentos, aldeamentos e missões.

A etnia Mura foi descoberta pelos colonizadores portugueses no inicio do século XVIII, através dos registros feitos pelo padre Bartolomeu Rodrigues.

Sua expansão deu-se nos anos de 1723 a 1725 por situações decorrentes das próprias características das populações indígenas.

Nos anos de 1738 a 1739 foram vitimas de devasso inquérito que tinha por fim justificar a declaração de uma guerra justa, mas não autorizada pela coroa portuguesa sendo massacrados pelas tropas auxiliares da capitania e também sendo contaminados por epidemias de sarampo e varíola.

Na segunda metade do século XVIII, autoridades portuguesas chegaram a pedir do governo colonial que declarasse guerra aos muras, pois eles seriam os responsáveis pelo não desenvolvimento da capitania do Rio Negro.

O "abominável índio Mura" ficou conhecido pela violenta belicosidade com que reagiu a colonização.

Constituíram o paradigma dos índios bárbaros contra os quais se deveria mover a mais enfurecida guerra, como queriam as autoridades na época.

Sua expansão territorial a partir do rio madeira, estendeu-se até a fronteira da Peru até o rio Trombetas no atual estado do Pará.

Os fundamentos da história da Cidade de Manacapuru estão ligados à aldeia dos Índios Mura, que ali se estabeleceram no século XVIII.


Do Portal Amazônia

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