Vitrine

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Timidez

Timidez é pouco.

Eu era matuto mesmo. Tinha vergonha de tudo e de todos.

E por muitos anos passei apuros por conta desse acanhamento.

Na escola ficava vermelho só de ouvir meu nome na chamada. Tinha vontade de participar da aula, responder às perguntas da professora, mas era um tormento. Parecia que todo o o meu sangue era canalizado naquele momento para um único ponto, a minha face.

Resultou num apelido que eu, logicamente, não gostava. Camarão.

Algumas situações me travavam de tal maneira que falhava o raciocínio e o resultado era sempre um vexame maior.

Adolescente, precisei pela primeira vez comprar preservativos. Foi uma odisséia.

Chegava numa drogaria, era atendente mulher; eu com vergonha pedia Sonrisal. Na outra tinha gente no balcão; eu com vergonha pedia Sonrisal. Na próxima, tinha alguém conhecido; eu com vergonha pedia Sonrisal

Acabei comprando mais de dez envelopes de Sonrisal até conseguir comprar um pacote de camisinhas.

Com quase 20 anos passei num concurso e comecei a trabalhar em um banco estadual. Muito trabalho, a equipe sempre fazia horas extras e o banco fornecia refeições do melhor restaurante da cidade. Eu sempre dizia que não queria, que não estava com fome, etc...

O verdadeiro motivo? Eu não sabia comer direito de garfo e faca e tinha vergonha de comer de colher em público.

Quase morro afogado por vergonha de dizer que não sabia nadar.

Certa vez estava num balneário com uma paquera e ela sugeriu que fôssemos para o outro lado do riacho. Ou atravessava a nado ou caminhava uma boa distância até uma ponte. Como não era fundo, ela preferiu ir nadando e me pediu pra levar a carteira de documentos e a carteira de cigarros dela.

Eu, com vergonha de dizer que não sabia nadar, encarei o desafio imaginando que o riacho dava pé de um lado ao outro. Não dava.

Foi afogamento com direito a salva-vidas. Perdi a carteira de documentos, a carteira de cigarros, a paquera e quase perco a vida junto.

Nesse dia percebí que ou eu acabava com a vergonha ou ela acabava comigo.

Com muita disciplina e muitas situações embaraçosas acabei com ela.

Fiquei assim sem vergonha. Muito-sem-vergonha.

Adriano Trinta

domingo, 30 de maio de 2010

O centésimo post

E o Filho de Barbeiro chega ao seu centésimo post.

Com muita satisfação e alegria agradeço aos seguidores, leitores e colaboradores que fazem este blog existir.
Se Deus quiser e sempre com a ajuda de vocês, logo estaremos comemorando outra marca.

Não me deixem só !

Adriano Trinta

Arte by Vitor Reis

sábado, 29 de maio de 2010

O Poder da Fé

Um jovem cumpria o seu dever cívico prestando serviço ao exército, mas era ridicularizado por ser cristão.

Um dia o seu superior hierárquico, na intenção de humilhá-lo na frente do pelotão, pregou-lhe uma peça...

- Soldado Coelho, venha até aqui!

- Pois não senhor.

- Segure essa chave. Agora vá até aquele jipe e o estacione ali na frente.

- Mas senhor, o senhor sabe perfeitamente que eu não sei dirigir.

- Soldado Coelho, eu não lhe perguntei nada. Vá até o jipe e faça o que eu lhe ordenei...

- Mas senhor, eu não sei dirigir!

- Então peça ajuda ao seu Deus. Mostre-nos que Ele existe.

O soldado não temendo, pegou a chave das mãos do seu superior e foi até o veículo. Entrou, sentou-se no banco do motorista e imediatamente começou sua oração.

"Senhor, tu sabes que eu não sei dirigir. Guie as minhas mãos e mostre a essas pessoas a sua fidelidade. Eu confio em Ti e sei que podes me ajudar. Amém."

O garoto manobrou o veículo e estacionou perfeitamente como queria o seu superior.

Ao sair do veículo, viu todo o pelotão chorando e alguns de joelhos...

- O que houve gente? - perguntou o soldado.

- Nós queremos o teu Deus, Coelho. Como fazemos para tê-lo? Perguntou o seu superior.

- Basta aceitá-lo como seu Senhor e Salvador.

Mas porquê todos decidiram aceitar o meu Deus?

O superior pegou o soldado pela gola da camisa, caminhou com ele até o jipe enxugando suas lágrimas.

Chegando lá, levantou o capô do veículo e o mesmo estava sem o motor!

O poder da fé não tem limites!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Antes e depois do casamento


ANTES DO CASAMENTO...

Ele: - Finalmente. Custou tanto esperar por este momento.
Ela: - Você quer que eu vá embora?
Ele: - Não! Nem pense nisso.
Ela: - Você me ama?
Ele: - Claro! Muito, muito!
Ela: - Alguma vez você já me traiu?
Ele: - NÃO!!!
Ela: - Me beija.
Ele: - Evidente! Sempre que possível!
Ela: - Você seria capaz de me bater?
Ele: - Você está doida! Jamais!
Ela: - Posso confiar em ti?
Ele: - Sim.
Ela: - Querido!

DEPOIS DO CASAMENTO...

 
"Ler de baixo para cima".

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Controle remoto feminino

Esse é o controle remoto dos sonhos de todas as mulheres.

Ele tem tudo que uma mulher pode precisar ao alcance de um toque. É ou não é um sonho????
Do SoAbsurdos

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mulher Engravidou Vendo Filme Pornô 3D

Um casal branco americano teve um bebê negro e a mulher diz que engravidou assistindo a um filme pornô 3D. O pai da criança, o soldado Erick Jhonson, estava há um ano servindo numa base militar no Iraque e, quando voltou para casa encontrou um bebê negro. Sua mulher, Jennifer Stweart, de 38 anos, disse a ele que a criança foi concebida enquanto ela assistia a um filme pornô em três dimensões. "Não vejo porque desconfiar dela. Os filmes em 3 D são muito reais. Com a tecnologia de hoje tudo é possível", disse Erick, que registrou a criança.

Jennifer afirmou que foi a um cinema pornô com as amigas em Nova York. Ela conta que não costuma assistir a filmes pornôs e que só foi dessa vez para ver como ficavam os efeitos em 3D. A criança, segundo ela, se parece com o ator negro do filme. "Um mês depois de ver o filme eu comecei a sentir enjôos e o resultado está aí. Vou processar o cinema e os produtores. Ainda bem que meu marido acreditou em mim. Meu casamento podia estar em risco. Mas ele sabe que eu sou fiel", disse.

Colaboração de Sheila Ivanilda

Porque todo baixinho é folgado ?

terça-feira, 18 de maio de 2010

Meio míope

Míope sofre.

E sofre mais ainda o míope teimoso. O que não quer admitir que precisa de correção visual.

Até chegar a idade adulta eu fui do time dos muito mais.... MUITO-míope-e-MAIS-teimoso-ainda.

Por vergonha de usar óculos passei por várias situações que eu acharia cômicas se não tivessem acontecido comigo.

Na escola, ano a ano fui sentando gradativamente uma fileira mais à frente. Nas últimas séries eu já sentava na primeira fila e mesmo assim não conseguia ler o que estava escrito no quadro. Botava a culpa na letra miudinha das professoras e no giz ruim que elas usavam.

Nunca tive a certeza. Mas, até hoje acho que paquerei de longe uma menina e depois, de perto, namorei e casei com a prima dela.

Tomar ônibus errado já fazia parte do meu dia a dia. Eu usava uma tática. Procurava sempre os pontos que tinham muita gente. Assim, alguém sempre parava o ônibus e dava tempo de eu ler bem a placa.

Mas, em alguns horários isso não era possível. Pouco movimento. Meu ônibus vinha, ninguem fazia sinal e ele passava direto. Para meu desespero que as vezes já estava esperando há horas e via o último ônibus da noite ir embora...

Eu tinha vergonha de parar o ônibus e não subir. Foram muitas as vezes em que subi, paguei a passagem e desci no ponto seguinte para esperar o ônibus certo. Um dos que servia para mim era a linha "Vila da Prata", que eu confundia com o "Vila Buritis". Outro que me servia era o "São Jorge". Cansei de pegar o santo errado e ir pra outro rumo sem querer.

Me convenci mesmo da minha deficiência visual quando precisei aprender a dirigir. Eu já estava acima de cinco graus de miopia e seria tentativa de suicídio e homicídio ao mesmo tempo dirigir um veículo nessas condições.

Usei óculos por pouco tempo. Logo depois descobri as lentes de contato gelatinosas, com as quais adaptei-me maravilhosamente bem.

Nunca mais posei de Mr. Magoo.

Por Adriano Trinta

sábado, 15 de maio de 2010

Dez prostitutas que mudaram o destino da História

Revista faz lista das meretrizes e dos prostitutos mais influentes até hoje

Elas aqueceram leitos de reis, artistas, militares, celebridades. E, no caminho, aqueceram também o leito da História. Não há como negar que as donas (e donos) da profissão mais antiga do mundo mudaram o curso das coisas. A revista Mental Floss fez uma seleção dos 10 mais ilustres representantes da classe - vale a pena conferir. Não, não foi dessa vez que incluíram a Bruna Surfistinha.



Mata Hari: fascinante espiã

Em outubro de 1917, em seu último gesto sedutor, Mata Hari jogou um beijinho para a tropa de fuzilamento. A prostituta - e secretamente espiã alemã - havia rodado o ambiente militar da Tríplice Entente e comprometido segredos de guerra importantíssimos, como a nova arma inglesa: o tanque de guerra. Ela foi executada respondendo pela morte de mais de 50 mil pessoas.


Mike Jones: herói dos homossexuais

Este foi o justiceiro da causa gay no Colorado, EUA. Mike era amante de muitos homens importantes, entre eles um que ele chamava carinhosamente de Art – e todo o resto do mundo conhecia como reverendo Ted Haggard, líder do movimento cristão evangélico. Art era também uma das cabeças no protesto anticasamento gay, que seria votado no Colorado em novembro de 2006.

Escandalizado com a hipocrisia de seu amante, Mike foi a um programa de rádio e contou cada detalhe sórdido da relação dos dois. A notícia não foi o bastante para fazer com que o referendo fosse um sucesso para a causa gay, mas, ao menos, a comunidade GLSBT teve o gostinho de ver o reverendo sendo expulso da igreja e virando um vendedor de apólices de seguro.

Valerie Jean Solanas: quase-assassina de Warhol

Durante a década de 60, a “Factory” de Andy Warhol - estúdio do artista que se transformou em refúgio para excêntricos e aqueles que só queriam curtir uma viagem de anfetamina – estava a toda produção e de portas abertas a quem interessasse. Até que uma dessas excêntricas, a ex-estudante de psicologia e prostituta Valerie, apareceu em sua porta com uma peça chamada “Dentro da sua bunda” (uma delicadeza de menina, não?). Warhol achou que a peça era chocante demais até para ele. Deu apenas um papel para ela em outra de suas produções e a pagou US$ 25 pelo serviço.

Depois disso, Valerie chegou ao pico de sua loucura. Em junho, deu um tiro em Warhol que quase lhe tirou a vida. Ela se entregou no mesmo dia, passou três anos presa e muitos indo e voltando de manicômios. Em liberdade, infernizou Warhol por telefone até o fim de seus dias, quando foi encontrada em decomposição em seu quarto alugado. Quanto à Factory, infelizmente nunca mais foi tão aberta às massas absurdas que inspiravam a pop art de Wahrol. Com seu corpo para sempre danificado pelo tiro, Warhol achou melhor dedicar sua atenção a alguns amigos ricos e celebridades – que provavelmente não atirariam nele.


Belle de Jour : a prostituta nerd

Em 2003, um blog incomum foi eleito o melhor da blogosfera pelo jornal inglês The Guardian. No “Diário de uma garota de programa londrina”, Belle de Jour, uma prostitua de luxo, escrevia sobre como seus clientes a tratavam melhor do que os homens que a levavam para sair de verdade. Escreveu livros, tornou-se colunista do Sunday Telegraph.

Sua identidade permaneceu em segredo até novembro de 2009, quando um ex namorado furioso ameaçava expô-la. Antes que ele fizesse isso, ela veio ao público por conta própria e chocou a todos. Era a Dr. Brooke Magnanti, uma loira belíssima que passava seus dias pesquisando o câncer infantil. Explicou a todos que se prostituíra para conquistar a estabilidade financeira que lhe permitisse escolher a área científica de que mais lhe agradasse.

Geórgia Beyer: primeira prefeita transexual do mundo

George nasceu em 1957 e cresceu como um garoto do campo na Nova Zelândia. Quando completou 17 anos, descobriu o mundo das drag queens e passou a fazer shows e a se prostituir. Assim, George economizou dinheiro para se tornar Georgina. Essa nova mulher se dedicou à vida de atriz e, logo de assistente social. Mesmo causando impacto a princípio, logo ela encantou a todos e teve grandes conquistas, como melhorar o sistema educacional local. Em 1995 foi eleita a primeira prefeita transexual do mundo. Em quatro anos, ela chegou ao Parlamento, onde lutou pelos direitos dos gays até 2007, quando se aposentou.

Carol Leigh: a sindicalista

Se você tem direito a plano de saúde, férias remuneradas e acha que todos os seus direitos trabalhistas são muito justos, por que as prostitutas não poderiam pensar o mesmo? A ativista Carol Leigh conquistou direitos para as prostitutas em São Francisco, na Califórnia. Desde os anos 70, sob o codinome Scarlot Harlot, ela trabalha como advogada, prostituta e vídeo artista. Hoje, é consultora internacional em direitos das profissionais do sexo para África do Sul, Tailândia, Hungria, entre outros países. Para ela, o mundo ideal é aquele em que, além de ter uma profissão legalizada, as prostitutas têm aulas grátis de defesa pessoal, preservativos e educação sexual, oportunidades de estudo e até o direito de – como aconteceu na França - escrever ao presidente reclamando que as estrangeiras estão roubando seus empregos.



Ana Bolena: amante religiosa

Ela foi amante (o que, para a sociedade da época, não era muito distante de prostituta) do Rei Henrique VIII e depois se tornou rainha da Inglaterra. E, antes de ter sua cabeça cortada por seu amado, ajudou na criação de uma nova religião: o anglicanismo. O fato de a igreja Católica não concordar em dar a separação e a ratificar o novo casamento, ajudou Henrique VIII a tomar a decisão de criar a nova religião.
 
Jim Carroll: poeta, prostituto e astro do rock

Se tem alguém que deve agradecer a este prostituto ilustre é Leonardo DiCaprio. Foi interpretando sua autobiografia em Diário de um drogado – do livro Diário de basketball – que o ator ganhou fama e começou uma carreira séria. Assim como no filme, Carroll se prostituía para sustentar seu vício. Apesar disso era um escritor genial, músico brilhante e até roteirista de alguns dos filmes de Andy Warhol. Em toda a década de 80 e 90, seu livro foi leitura obrigatória para os jovens.

As vítimas de Jack, o estripador

As vítimas de Jack, o Estripador são quase mártires da categoria. O serial killer fez uma fama negra por estrangular prostitutas e, depois, desfigurar seu rostos, genitálias e retirar seus órgãos. Seus crimes, entre 1888 e 1891, criaram pânico geral e também fizeram com que o governo local passasse a prestar mais atenção nas prostitutas da região, oferecendo a elas melhores oportunidades.
 

Aileen Wuornos: porque mulheres também são serial killers

Se Jack, o Estripador, era um homem que matava prostitutas, Aileen era seu exato oposto: uma prostituta que matava homens. Sua mãe a abandonou quando ela era ainda criança e, em sua adolescência, o pai foi preso por prática de pedofilia. Para se sustentar, ela se tornou prostituta e passou a matar caminhoneiros na beira da estrada. Sete assassinatos depois, Aileen foi presa e passou mais de uma década no corredor da morte. Até que, um dia, demitiu todos seus advogados e disse que queria morrer. “Eu sou uma pessoa que odeia profundamente a vida e mataria de novo”, ela disse.

Da Galileu

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O que é um LOOP?

Para quem não conhece o conceito de LOOP, trata-se de uma terminologia assim nomeada por estudiosos de informática para definir uma confusão criada e que não possui uma explicação concreta para solução do problema.

Bem, vou tentar explicar em poucas palavras esta famosa terminologia:

Diz-se que um programa de computação "entrou em loop" quando acontece a seguinte situação:

O diretor chama sua secretária e diz:

Senhorita Vanessa - Tenho um seminário na Argentina por uma semana e quero que você me acompanhe. Por favor, faça os preparativos da viagem...

A secretária liga para seu marido:

- Alô, João! Vou viajar para o exterior com o diretor por uma semana. Cuide-se meu querido!

O marido liga para sua amante:

- Eleonor, meu amor. A bruxa vai viajar para o exterior por uma semana, vamos passar esta semana juntos, minha princesa ...

No momento seguinte, a amante liga para o menino para quem dá aulas particulares:

- Joãozinho, estou com muito trabalho esta semana e não vou poder te dar aulas ....

A criança liga para seu avô:

- Vovô, esta semana não terei aulas, minha professora estará muito ocupada. Vamos passar a semana juntos?

O avô (que é o diretor desta história) chama imediatamente a secretária:

Senhorita Vanessa venha rápido - Suspenda a viagem, vou passar a semana com meu netinho que não vejo há um ano, por isso não vamos participar mais do seminário. Cancele a viagem e o hotel.

A secretária liga para seu marido:

- Ai amorzinho! O babaca do diretor mudou de idéia e acabou de cancelar a viagem.

O marido liga para sua amante:

- Amorzinho, desculpe! Não podemos mais passar a semana juntinhos! A viagem da mocréia da minha mulher foi cancelada.

A amante liga para o menino a quem dá aulas particulares:

- Joãozinho, mudei os planos: esta semana teremos aulas como de costume.

A criança liga para o avô:

Puta merda vovô! A véia da minha professora me disse que terei aulas. Desculpe mas não poderemos ficar juntos esta semana.

Seu avô liga para a secretária:

Senhorita Vanessa - Meu neto acabou de me ligar e dizer que não vai poder ficar comigo essa semana, porque ele terá aulas. Portanto dê prosseguimento à viagem para o Seminário.

Entendeu agora o que é um LOOP?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Por que as pessoas têm ciúmes ?

















Tanto homens como mulheres desenvolveram o ciúme como estratégia evolutiva. Os homens ciumentos que descobriam a traição “não perdiam tempo e energia criando o DNA de outro homem”, afirma a antropóloga americana Helen Fisher, autora do livro Por Que Amamos. “As mulheres têm probabilidade maior que os homens de fazer vista grossa para as ‘ficadas’ do parceiro com uma rival”, diz Helen. Mas deixe ela achar que ele está formando um vínculo emocional e gastando atenção e dinheiro com outra: “Ela pode se tornar extremamente ciumenta”. Mais uma vez, tal comportamento tem raízes evolutivas. Hoje não funciona mais assim em boa parte dos relacionamentos, mas por milhões de anos as mulheres precisaram dos homens para criar os filhos. Por isso desenvolveram mecanismos cerebrais para se tornar muito possessivas quando o parceiro ameaça abandoná-las.

Por Jones Rossi, colunista da Galileu

QUAL O SEU NÍVEL DE CIÚMES ?

Faça um teste no site Como Sou? Destinado a adultos de ambos os sexos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Qual o nome da criança ?

A criatividade do povo brasileiro não tem limites. Quando se trata de escolher o nome do pimpolho, na ânsia de registrar um nome "diferente" o resultado às vezes é, digamos... excêntrico! Muito excêntrico!

A lista é imensa. Elenquei alguns exemplos de nomes coletados a partir de listas públicas e pesquisas em cartórios realizadas por autores de livros especializados.

Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida
Agrícola Beterraba Areia Leão
Amazonas Rio do Brasil Pimpão
Antonio Buceta Agudim
Antonio Manso Pacífico de Oliveira Sossegado
Antônio Veado Prematuro
Ava Gina (em homenagem a Ava Gardner e Gina Lolobrigida)
Bananéia Oliveira de Deus
Barrigudinha Seleida
Brígida de Samora Mora Belderagas Piruégas
Bucetildes (chamada, pelos familiares, de Dona Tide)
Chevrolet da Silva Ford
Comigo é Nove na Garrucha Trouxada
Deus É Infinitamente Misericordioso
Dosolina Piroca Tazinasso
Esparadrapo Clemente de Sá
Espere em Deus Mateus
Estácio Ponta Fina Amolador
Éter Sulfúrico Amazonino Rios
Finólila Piaubilina
Francisoreia Doroteia Dorida
Fridundino Eulâmpio
Gerunda Gerundina Pif Paf
Graciosa Rodela D'alho
Himineu Casamenticio das Dores Conjugais
Ilegível Inilegível
Jacinto Leite Aquino Rego
Janeiro Fevereiro de Março Abril
João Cara de José
Joaquim Pinto Molhadinho
José Casou de Calças Curtas
José Catarrinho
Lança Perfume Rodometálico de Andrade
Magnésia Bisurada do Patrocínio
Maria da Segunda Distração
Necrotério Pereira da Silva
Otávio Bundasseca
Pália Pélia Pólia Púlia dos Guimarães Peixoto
Pedro do Cacete da Silva
Peta Perpétua de Ceceta
Produto do Amor Conjugal de Marichá e Maribel
Remédio Amargo
Rolando Escadabaixo
Sansão Vagina
Sete Rolos de Arame Farpado
Simplício Simplório da Simplicidade Simples
Terebentina Terepenis
Tospericagerja (em homenagem à seleção do tri: Tostão, Pelé, Rivelino, Carlos Alberto, Gerson e Jairzinho)
Última Delícia do Casal Carvalho
Um Dois Três de Oliveira Quatro
Usnavy (em homenagem à U.S.Navy, a Marinha Americana)
Vicente Mais ou Menos de Souza
Zélia Tocafundo Pinto

Além da "criatividade", alguns são vítimas dos clássicos erros de cartório ou mesmo dos pais, que não sabem como se escreve o nome...

Há, por exemplo, uma pessoa chamada Merco (era para ser Américo...).
E tem uma mulher chamada Jafa Lei. O diálogo no cartório: "Qual o nome?" "Já falei..."

O mais comum são nomes que já existem, mas modificados, tipo Gabriela-Gabrielly; Raíssa-Rayssah; Felipe-Fillypy; Marcela-Marcelly; Carolina-Karollyne; Camila-Kammilly.

Ou nomes estrangeiros que existem, mas com escrita e pronuncia erradas: Michael-Maicou,Maicon; Jennifer-Gennyfer,Jhenyffer,Jenifer; Wellington-Wellynton,Welyntone, Ueliton; Giovanna-Geovana,Jiovana, Gyovanna; Giovanni-Geovane.

E nomes que não existem, misturas das invenções tradicionais (mistura de nomes dos pais) com estrangeirismos, ou estrangerismos tão modificados, que perderam totalmente a conexão com o nome original: Wellston, Klésya; Wuesclein; Keylliannys, Willybur, Welcon, Jheysi, etc.

E como é difícil acertar o nome Washington. Tem Uoston, Woxington e Oazinguito...
A moda agora é Uóshinton Cleytton! Com dois "tt", logicamente.

Mas, o pior é quando é de propósito.

Uma empregada doméstica, daquelas bem simples, deu à filha o nome de Madeinusa.
Quando uma pessoa da casa foi perguntá-la o motivo do nome, ela respondeu, inocentemente:

"É que eu estava pegando suas roupas para lavar e li na etiqueta de sua camiseta a palavra 'Made in USA', eu achei tão lindo..."

E lá se foi Madeinusa pelo mundo afora...

terça-feira, 11 de maio de 2010

Site transforma sua vida em estatísticas

ÍonZ, site simples e em português, faz um infográfico comparativo sobre sua personalidade e hábitos.



É difícil fazer uma análise imparcial sobre o quanto hábitos e preferências pessoais fazem de você uma pessoa “comum” ou “exótica”. Mas o site ÍonZ pode ajudar neste trabalho. Por meio de um questionário simples e divertido você pode descobrir o quanto seu perfil está distante das outras pessoas que também participaram da pesquisa.

Basta responder algumas perguntas rápidas sobre seus gostos e manias como: qual tipo de comida prefere, quanto tempo passa conectado por dia, qual sua rede social predileta, qual seu meio de transporte, com qual animal se identifica. No final, aparece um infográfico com seu perfil comparado ao de todas as pessoas que já responderam ao questionário. Atualmente mais de 54 mil internautas já participaram da brincadeira no site, um número nada desprezível.

O ÍonZ é em português e customizável. Depois de criado o infográfico com o perfil, você pode escolher a cor de fundo, das legendas, escrever uma mensagem pessoal e até colocar uma fotografia. Então, é só salvar e compartilhar em sua rede social favorita. Mas Galileu adverte: essa atividade tem o incrível poder de fazer com que você se sinta mais ordinário do que imaginava...

Da Galileu

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Clichês da pesada

As técnicas de compensar propagandas ruins vêm de muito longe. E aprenda, porque é mais fácil do que parece. Você pode até (quem sabe), quando estiver cansado de ter idéias explêndidas ou quando realmente não estiver conseguindo ter uma, apelar para esses clichês que quase sempre dão certo.

Vejamos o caso dos garotos-propaganda. Há recursos bem tradicionais nesse quesito. Seguem exemplos clássicos:

Gostosonas: As cervejarias são campeãs nisso, mas vários outros produtos também são apresentados aos consumidores por mulheres lindíssimas. É o recurso mais clássico de quando o publicitário está sem qualquer criatividade, e não adianta usar bobagens como gotinhas, sombrinhas...


Bebês: Basta colocar bebezinhos na tela para que todo mundo faça carinha de feliz e fique com vontade de apertar. E os pentelhinhos não anunciam somente fraldas, mas também leite, papel higiênico, desinfetante, carro, etc.



Bichinhos em Geral: Se não quiser apelar com gostosonas nem bebês, o jeito é usar bichinhos. Como nos outros exemplos, não precisa ser apenas anúncio de ração ou algo restrito ao mundo dos animais. Vale tudo! É só colocar um cachorrinho fofo que todo mundo se convence (seja lá do que for).


Velhinhos Espertos: Foi-se o tempo em que havia somente preconceitos negativos. Hoje, há os preconceitos positivos. Não deixam de ser preconceitos, mas pelo menos servem para se passar uma falsa imagem bacana de alguma categoria que em geral sofre agruras em seu dia-a-dia. Pode ser em anúncio de liquidificador ou mesmo de celular. Casais de velhinhos apaixonados também dão certo.


Atores Famosos / Produtos Bem Específicos: Nada mais normal do que usar um ator famoso para estrelar um anúncio. Mas é engraçado quando alguns rostos definitivamente não combinam com o produto. Priscila Fantin anunciando máquinas copiadoras, convenhamos, não é lá uma coisa muito convincente. Bem como Roberto Bonfim recomendando lingotes de aço. Mas ainda prefiro isso do que a Nair Belo empurrando financiamento para aposentados, naquele esquema das propagandas da 'hora do almoço' em que as financeiras tentam vender os empréstimos 'esfola véio'.


Chatões Máximos: Todos os casos acima são facilmente defensáveis. São clichês, sem dúvida, mas têm suas razões de ser. Há motivos pra lá de óbvios para que existam, como é comum em quase todos os casos de clichês. Quase todos, pois os 'chatões da pesada' são inexplicáveis. E eles permanecem à frente de uma marca durante anos, às vezes décadas. É carisma? Duvido! Agora, na boa, eu sei que faço parte da maioria quando surgem aqueles garotos-propaganda chatíssimos, estrelando anúncios de lojas de departamentos ou coisas do gênero. As pessoas compram os produtos por conta dos preços e dos financiamentos, e não porque colocam um chatonildo para falar um texto obviamente pré decorado.

sábado, 8 de maio de 2010

Como sair de Repente para Kagar ?


Repente e Kagar são cidades alemãs, provavelmente colonizadas por algum brasileiro sacana.

Colaboração de Sheila Ivanilda

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Os reis do fliper

Diversão eletrônica dos anos 70/80 era o fliperama.

Não existiam ainda nem video games nem computador. Se já existiam não era do nosso conhecimento.

Próximo a minha casa havia uma máquina, na taberna do Seu Joaquim, ponto de encontro da turma jovem da minha rua.

O fliper era um verdadeiro caleidoscópio elétrico.

Aquela profusão de cores, luzes e sons hipnotizava a gente.

Viciante.

As horas de lazer escoavam rápido frente à maquina. E nosso pobre dinheirinho também.

Momentos de tensão. A necessidade imperiosa de bater o recorde. De dominar a máquina e escapar do "tilt". De pegar uma bola extra, essencial para adquirir os bônus e tentar conseguir "uma especial". Ou seja, tudo para conquistar o direito de continuar jogando sem comprar outra ficha.

Tinha gente já tão viciada que comprava só a primeira ficha. Com essa ganhava outras e revendia na hora o direito de uso da máquina. Por um preço menor que o do Seu Joaquim. Que não gostava nada desse comércio paralelo dentro do seu estabelecimento.

Mas, não podia fazer nada. Éramos todos amigos. E amigo é para acudir outro.

Seu Joaquim, inclusive, era o mais viciado e o pior jogador da turma também. Sorte dele ser o dono da máquina.

Adriano Trinta

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Uma fezinha no bicho


Houve época em que eu era jogador compulsivo do jogo do bicho. Lá pelos anos 80/90.

Todos os dias passava na taberna do seu Joaquim e fazia uma "fezinha" - uma aposta.

Era tão viciado que sonhava todas as noites e já dormia com lápis e caderninho ao lado da cama,  para anotar o sonho logo ao acordar e não esquecer na hora de marcar a "pule" - a cartela no jogo do bicho.

Todo sonho tinha um significado relativo ao bicho.

Perdia mais do que ganhava. Vez ou outra ganhava alguma coisinha.

Mixarias.

Mas certa vez "lavei a égua". Sonhei telefonando para uma colega de escola. Joguei o número do telefone dela. Acertei a milhar na cabeça.

Para quem não sabe, "cabeça" é o  primeiro prêmio e a "milhar" são os quatro algarismos sorteados que formam um número.

É o máximo da premiação do jogo do bicho. A esperança de todo jogador.

Na época pagava seis mil por um. Ou seja, se fosse em dinheiro de hoje jogaria um real e ganharia seis mil.

Comprei um fusca com o dinheiro do premio.

Valeu. Naquela época fusca ainda era carro.

Adriano Trinta

terça-feira, 4 de maio de 2010

A origem dos ditos populares


CASA DA MÃE JOANA

Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

CALCANHAR DE AQUILES

De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num lago mágico,segurando-o pelo calcanhar.
Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.

VOTO DE MINERVA

Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.

CONTO DO VIGÁRIO

Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente.
Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

FICAR A VER NAVIOS

Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

NÃO ENTENDO PATAVINAS

Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova, sendo assim, não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA

Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

SEM EIRA NEM BEIRA

Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significa que a pessoa é pobre, está sem grana.

O CANTO DO CISNE

Dizia-se que o cisne emitia um belíssimo canto pouco antes de morrer. A expressão canto do cisne representa as últimas realizações de alguém.

ESTÔMAGO DE AVESTRUZ

Define aquele que come de tudo. O estômago do avestruz é dotado de um suco gástrico capaz de dissolver até metais.

LÁGRIMAS DE CROCODILO

É uma expressão usada para se referir ao choro fingido. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.

MOTORISTA BARBEIRO:

- Nossa, que cara mais barbeiro!

No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão “coisa de barbeiro”. Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de “motorista barbeiro”, ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:

- Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!

No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: “pode tirar o cavalo da chuva”. Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

À BEÇA:

- O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N’ÁGUA:

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino.

Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo “guardar a sete chaves” pra designar algo muito bem guardado.

OK:

A expressão inglesa “OK” (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam pras bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa “0 Killed” (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo “OK”.

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:

A história mais aceitável pra explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados pra Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PRA INGLÊS VER:

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas “pra inglês ver”. Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA:

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: “Não rasgue a seda, que se esfiapa”.

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO:

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:

A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM:

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer “nhen-nhen-nhen”.

VAI TOMAR BANHO:

Em “Casa Grande & Senzala”, Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem “tomar banho”.

A DAR COM O PAU:

O substantivo “pau” figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o “pau de comer” que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: “Vocês que são pardos, que se entendam”. O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio (43 a.C.-18 d.C), autor de célebres livros como A arte de amar e Metamorfoses, que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura”. É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio portugueses e brasileiros.

JURO DE PÉS JUNTOS:

- Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.

A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, as quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O jeito paraense

Aqui no Pará, dizemos tu em vez de você, falamos eras, que já foi Ebe e hoje é égua, que é usado em 99% das frases ditas pelo paraense, seja de admiração, insatisfação, raiva espanto, na alegria e na tristeza… até que a morte nos cale!


Aqui quando alguma coisa é muito boa, bacana, excelente, legal… é por que ela é Pai d’égua!!!.

As crianças daqui não fazem travessuras e sim estripulias; não quebram os brinquedos e sim esbandalham, não brincam de pic e sim de pira… pira-alta, pira-pega, pira-maromba, pira se esconde, as meninas brincam de macaca ao invés de amarelinha, os meninos brincam de peteca ao invés de bola de gude… também empinam papagaio, curica, rabiola, mas desde que a linha tenha bastante cerol para poder gritar _Au vaiêêê!!!.

Viagem de barco ou lancha?… preferimos ir de pô-pô-pô, rabeta ou vuadeira… é mais emocionante!

Aqui os insetos têm muitos nomes diferentes: é carapanã, maruim, mucuim, mutuca, muriçoca… e muitos outros M.

Preferimos a maniçoba ao invés de feijoada, jerimum ao invés de abóbora, macaxeira ao invés de aipim, mingau de milho ao invés de canjica, e canjica é como chamamos para o curau.

Paraense quando adoece, não fica fraco, fica despombalecido, pode até baldear… mas só um caribé para dar uma reanimada.

Aqui Tomamos suco de taperebá e não de cajá… tomamos açaí e não Jussara, mas com farinha d’água, camarão, peixe ou charque, nada de granola e banana…isso não! Misturar qualquer fruta com açaí pode ser fatal!

Aqui não contamos anedota, contamos causos de verdade… é Matinta-perera, Boto, Curupira, Mapinguari, Quem-te-dera e muita história de visagem! Nada de lorota ou potoca!

Antão… depois do almoço vem aquela chuvinha da tarde… aí dá aquela murrinha… ficamos até mufinos!

Enfim, existem palavras e expressões que só mesmo o paraense para entender e usar com tanta propriedade em todas as situações do dia-a-dia. E se você faz ou já fez alguma destas coisas em riba, é porque com certeza é um verdadeiro Papa Chibé - paraense autêntico; aquele que se alimenta de chibé (água e farinha)!

Por Gisele Lopes Moreira. Turismóloga e apaixonada pelo Pará.
Do Arte Papa Xibé

domingo, 2 de maio de 2010

sábado, 1 de maio de 2010

Seu Lunga


Joaquim Rodrigues dos Santos (Caririaçu, 18 de agosto de 1927), mais conhecido como Seu Lunga, é um comerciante que se tornou conhecido no Brasil por seu temperamento forte.

Teve sete irmãos e viveu sua infância “no meio dos matos”, afastado da cidade. O apelido lhe acompanha desde esta época, quando uma vizinha de sua família, que ele só identifica como preta velha, começou a lhe chamar de Calunga, que virou Lunga e pegou. Começou a trabalhar na roça aos oito anos de idade, e admira a criação rígida que teve de seu pai, o que marca um aspecto psicossocial do homem Lunga.

Aos 16 anos mudou-se para Juazeiro do Norte, passando a ser ourives por dois anos.. Depois começou a comercializar no Mercado Público da cidade e a trabalhar no comércio com sua loja de sucata.

Casado em 1951, teve treze filhos, que, apesar da pouca instrução, conseguiu manter-lhes pelo menos com a educação básica. A pouca instrução de “Lunga”, por outro lado, não o impediu de candidatar-se a vereador da cidade de Juazeiro em 1988, eleição que não ganhou.

Alguns de seus “causos” (não sei quais são apócrifos ou não):

O funcionário do banco veio avisar:
- Seu Lunga, a promissória venceu.
- Meu filho, pra mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória..

Seu Lunga, no elevador (no subsolo-garagem). Alguém pergunta:
- Sobe?
Seu Lunga:
- Não, esse elevador anda de lado.

Seu Lunga dava uma bela surra no filho e o menino gritava:
- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!
- Tá bom? Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.

Na década de 70, Seu Lunga chega num bar e fala pro atendente:
- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir!
- Desculpe seu Lunga, não posso botar música hoje…
- Mas por que??
- Meu avô morreu!
- E ele levou os discos, foi?

O telefone toca. Seu Lunga:
- Alô!
- Bom dia! Mas quem est á falando?
- Você!

Seu Lunga, quando jovem, se apresentou à marinha para a entrevista:
Você sabe nadar? Pergunta o oficial.
-Sei não senhor.
-Mas se não sabe nadar, como é que quer servir à marinha?
-Quer dizer que se eu fosse pra aeronáutica, tinha que saber voar?

O cliente chega pra comprar um relógio na loja de seu Lunga.
Pode tomar banho com esse relógio, seu Lunga?
- Não! Isso é um relógio, não é um sabonete...

Colaboração de Janice Lima