Eu conheço!
Mora em Manaus, na Vila da Prata, um bairro de classe média e média-baixa da zona oeste. Não sei dizer sua idade. Mas, o conheço há mais de 30 anos e quando o conhecí ele já era um repeitável senhor de meia idade.
O Zorro é uma figura lendária no seu pedaço.
Negro. Esbelto. Carismático. Sempre elegante... até onde pode ir sua elegância peculiar. Calça e camisa social, nas cores preta ou branca, sapato de dançarino de salão, em duas cores naturalmente, chapéu coco sobre a sua carapinha, que pela idade já deve estar toda nevada, mas que ele mantém negra sob efeito de tonalizantes. Essa vaidade ele não admite a ninguém.
Há décadas o Zorro mantém um estabelecimento, misto de bar e snooker. E é nesse território que ele reina absoluto. Nas mesas de sinuca.
Não que ele seja o melhor jogador do pedaço.
Não! Há muitos melhores que ele.
Mas, sem sombra de dúvidas, é o mais fanfarão.
Não aprendi a jogar sinuca com ele. Mas o assistindo jogar aprendi a arte do blefe. De azucrinar o adversário com a fanfarronice. De transformar um simples jogo de sinuca num espetáculo.
Guardadas as devidas proporções, o relembro em Eddie Felson, personagem vivido brilhantemente por Paul Newman no filme The Color Of Money (1986).
No filme, Eddie Felson (Paul Newman) é um ex-campeão de snooker que, num bar, conhece Vincent (Tom Cruise), um jovem de grande talento no taco. Eddie decide lhe ensinar tudo o que sabe e fazer dele uma versão mais jovem de si mesmo.
Grande Zorro! A lenda viva.
Adriano Trinta
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ResponderExcluireu amo o Zorro mas não esse aí, o outro Zorro de minha infância que tinha um cavalo que sempre levantava as patas dianteiras quando iam iniciar uma missão ou quando conluiam como sempre vitoriosos. Meu Zorro usava máscara e era lindo. O eterno Zorro ou Dom Diego. Quando morei na Argentina descobri que ele tinha um Bar-restaurante em Buenos Aires. Um dia me avisaram dia e mes que ele viria a Buenos Aires. Mas quando soube que ele estava velho e barrigudo preferi não conhece-lo para não quebrar minha ilusão infantil.
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