Vitrine

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sonhar não custa nada

Numa rua do comércio, ao anoitecer, um homem contempla a vitrine de uma loja de lingeries. Inerte... absorto... hipnotizado... Alheio ao azáfama à sua volta, em que estaria pensando em seu devaneio? Seu olhar denuncia a lascívia, quimeras de luxúria e prazer! Estaria a imaginar aquela lingerie negra e diáfana no corpo de uma formosa mulher? Quem irá saber ?

Apenas o lapso de um sonho e o homem se vai. Sujo e maltrapilho, carregando um saco onde recolhe toda a sorte de sobejo alheio. Levando nos ombros o peso de uma vida miserável e nos olhos a ventura de um sonho. Sonhar não custa nada.

Adriano Trinta

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