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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Geladeira a querosene e ferro de passar a carvão

Se você tem menos de três décadas de vida ou sempre morou na cidade pode achar que é  brincadeira, mas é a mais pura verdade. Existiram sim esses, como eu diria... "antepassados" dos eletrodomésticos atuais.

E nem faz tanto tempo assim.
Eu mesmo sou testemunha ocular desses engenhos.                           

Até mais ou menos três anos de idade morei no mesmo lugar onde nascí. Uma localidade chamada Lago do Pesqueiro, a duas horas de barco do município de Manacapuru, interior do estado do Amazonas. Um verdadeiro paraíso ecológico. Ainda hoje preserva o estado natural das coisas. Não há muito das invenções modernas. Nem eletricidade.

Portanto, tudo o que tiver que funcionar por lá tem que ser movido a outras fontes de energia.

O ferro de passar movido a carvão mais parecia uma pequena churrasqueira. Ferro puro. Acho que pesava uns cinco quilos!

Lembro de minha mãe e minhas tias "brigando" com um deles. Colocando o carvão já em brasas no pequeno compartimento. Soprando. Abanando. E as fagulhas subindo. Não tenho a lembrança do resultado. De como ficavam as roupas. Mas era o que havia!

A geladeira era a estrela. Movida a querosene - um combustível derivado de petróleo muito utilizado na época dos lampiões e lamparinas.

Poucos podiam ter o conforto de uma geladeira em casa. Caríssima para adquirir e mais ainda para manter. Consumia um litro de querosene por dia.

Na minha havia porque era misto de residência e comércio - um flutuante, entreposto de compra de juta e venda de gêneros de primeira necessidade. Mas essa é outra história.

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