Vitrine

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Skatista


Vocês podem não acreditar, mas eu já fui skatista. E dos bons. Morava em Manaus, cidade onde o que não falta é ladeira. Portanto, half na porta de casa.

Eu tinha uma prancha das melhores na época, Hang Ten - a marca dos dois pezinhos, shape de madeira, parecia uma prancha de surf em miniatura.

Andava em bando, como todo skatista que se preze. Camiseta com gravura manera, calça jeans normal - nunca gostei das folgadonas, tênis e, de proteção somente joelheiras e a graça de Deus. Essa me salvou muitas vezes de me quebrar todo nas vertiginosas descidas no asfalto.

Mesma sorte não teve Meire Jane, uma moça linda que andava de skate conosco. Certa vez, numa subida de ladeira íngreme agarrada ao pára-choque de um ônibus, Meire Jane não viu uma tampa de hidrante na pista, tropeçou, perdeu o skate e subiu vários metros de asfalto sendo arrastada pelo veículo. Ficou escoriada da cabeça aos pés. Acho que até hoje tem no corpo as marcas da aventura.

Tirante os tombos, o mais era só alegria. O prazer de sentir o vento batendo no rosto, a sensação indizível de poder, de liberdade, de domínio do corpo nas manobras...

Adrenalina pura! Quase um super-herói.

Por Adriano Trinta

Nenhum comentário:

Postar um comentário