Como a massa para o italiano e o bacalhau para o portuga, o Jaraqui é o "prato de resistência" da verdadeira cozinha amazonense. Que me perdoem os refinado e afeitos a sofisticações que enfeitam, mas invariavelmente estragam os pratos nativos, o jaraqui (Semaprochilodus brama) - eita, palavrão bonito ! que já traz consigo a número 1 - não é o maior, nem o mais famoso, tampouco o mais valorizado peixe de nossos rios. É apenas o MELHOR.
De tamanho regular, pesando por volta de 400 g, este verdadeiro maná dos céus garante durante quase todo o ano a comida nas mesas menos abastadas dos amazonenses. Na época de águas mais baixas, quando a pesca nos lagos fica mais fácil, a fartura deste peixe é tamanha que já vi ser vendido, na Feira da Panair, o cento de jaraqui por R$ 1,00 (um real).
Jaraqui Frito: o prato
Come-se o jaraqui de várias formas. Frito, moquecado, assado ou a escabeche; porém o que é bom mesmo é um jaraqui frito com feijão, arroz branco, farinha seca, cheiro verde, tudo arrematado com um saboroso , perfumado e ardente molho de pimenta murupi. A alternativa do baião de dois também é válida.
Onde comer um bom jaraqui frito ?
Em Manaus, a exceção dos lesos restaurantes pseudos-refinados (não caia na besteira de dar uma olhada nas cozinhas), pode-se comer um honesto jaraqui frito em diversos locais. Esta página estaria incompleta se não gastasse algumas maltratadas linhas com o Templo do Jaraqui: O GALO CARIJÓ
Restaurante simples, quase um boteco, o GALO CARIJÓ está situado próximo a área portuária de Manaus. Mais precisamente na esquina da Rua dos Andradas com a Rua Pedro Botelho. É local para se entrar de alma aberta e olhos fechado, confiando plenamente apenas nas informações celestiais vindas de um córtex cerebral inundado por informações olfativas inebriantes.
E bom apetite !
Do Reocities
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