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quarta-feira, 23 de março de 2011

O fumante ocasional


Houve uma época em que eu fumava. Ou melhor, comprava cigarros. Anos 80. adolescente querendo impressionar as meninas, achava que o cigarro me fazia parecer mais velho, mais másculo, mais charmoso, mais seguro... mais um monte de coisas. Certamente influenciado pela maciça propaganda da indústria tabagista. Naquele tempo não havia proibições nem restrições do Ministério da Saúde e quem não fumava não era de boa raça.

Então eu comprava cigarros. Uma carteira por dia, porque a marca mais fumada desde sempre foi o "se me dão". Mas eu até gostava que a carteira acabasse no mesmo dia. Se minha mãe soubesse que eu andava com cigarros ia me dar uma bronca daquelas. Eu já era independente financeiramente. mas como diz um antigo ditado "enquanto comer do meu feijão vai provar do meu cinturão".

As propagandas de cigarros eram um capítulo à parte. "Ao sucesso com Hollywood" certamente era a mais famosa. Superprodução nos videoclipes que mostravam uma galera bonita, jovem, saudável, sempre praticando algum esporte radical... e fumando, claro. Haviam diversas marcas, mas o meu preferido mesmo era o kingsize filtro da carteira dourada. Afinal "O importante era ter Charm!".

Por Adriano Trinta


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