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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Os reis do fliper

Diversão eletrônica dos anos 70/80 era o fliperama.

Não existiam ainda nem video games nem computador. Se já existiam não era do nosso conhecimento.

Próximo a minha casa havia uma máquina, na taberna do Seu Joaquim, ponto de encontro da turma jovem da minha rua.

O fliper era um verdadeiro caleidoscópio elétrico.

Aquela profusão de cores, luzes e sons hipnotizava a gente.

Viciante.

As horas de lazer escoavam rápido frente à maquina. E nosso pobre dinheirinho também.

Momentos de tensão. A necessidade imperiosa de bater o recorde. De dominar a máquina e escapar do "tilt". De pegar uma bola extra, essencial para adquirir os bônus e tentar conseguir "uma especial". Ou seja, tudo para conquistar o direito de continuar jogando sem comprar outra ficha.

Tinha gente já tão viciada que comprava só a primeira ficha. Com essa ganhava outras e revendia na hora o direito de uso da máquina. Por um preço menor que o do Seu Joaquim. Que não gostava nada desse comércio paralelo dentro do seu estabelecimento.

Mas, não podia fazer nada. Éramos todos amigos. E amigo é para acudir outro.

Seu Joaquim, inclusive, era o mais viciado e o pior jogador da turma também. Sorte dele ser o dono da máquina.

Adriano Trinta

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