Diversão eletrônica dos anos 70/80 era o fliperama.
Não existiam ainda nem video games nem computador. Se já existiam não era do nosso conhecimento.
Próximo a minha casa havia uma máquina, na taberna do Seu Joaquim, ponto de encontro da turma jovem da minha rua.
O fliper era um verdadeiro caleidoscópio elétrico.
Aquela profusão de cores, luzes e sons hipnotizava a gente.
Viciante.
As horas de lazer escoavam rápido frente à maquina. E nosso pobre dinheirinho também.
Momentos de tensão. A necessidade imperiosa de bater o recorde. De dominar a máquina e escapar do "tilt". De pegar uma bola extra, essencial para adquirir os bônus e tentar conseguir "uma especial". Ou seja, tudo para conquistar o direito de continuar jogando sem comprar outra ficha.
Tinha gente já tão viciada que comprava só a primeira ficha. Com essa ganhava outras e revendia na hora o direito de uso da máquina. Por um preço menor que o do Seu Joaquim. Que não gostava nada desse comércio paralelo dentro do seu estabelecimento.
Mas, não podia fazer nada. Éramos todos amigos. E amigo é para acudir outro.
Seu Joaquim, inclusive, era o mais viciado e o pior jogador da turma também. Sorte dele ser o dono da máquina.
Adriano Trinta
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