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segunda-feira, 21 de março de 2011

Conversa de calango


Dia desses encontrei um calango na pia da lavanderia de casa. Um filhote. Deve ter se aventurado atrás de algum inseto, caiu e não conseguiu mais sair devido à superfície lisa da cuba. Com jeito, coloquei um pano formando uma rampa para a borda e de lá uma tábua para ele descer. Saí de perto para não assusta-lo e fiquei observando. Ele saiu desconfiado e sumiu lá para os fundos do quintal. O terreno é coberto por vegetação, então tem muitos desses bichinhos por lá.

Uns dois dias depois estava eu tomando café na varanda e apareceu novamente o calanguinho. Ele e mais dois calangos grandes, que me pareceram ser o pai e a mãe dele. Os três ficaram me olhando e imaginei que o filhote havia trazido a família para apresentar ao seu benfeitor. Sorri... olhei para eles com o olhar de quem é incapaz de fazer mal a uma mosca e eles entenderam o sinal. Desse dia em diante passeiam pelo quintal a qualquer hora, totalmente despreocupados em relação a mim. Somos amigos.

De vez em quando coloco mamões maduros sobre um toco, no quintal. Eles não comem as frutas, mas adoram os mosquitinhos que elas atraem.

Por Adriano Trinta

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