Vitrine

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Onde Deus colocou a felicidade


Uma das coisas que o homem busca é a felicidade.

E o que mais se ouve as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro.

Outro, porque lhe falta saúde, outro ainda porque o amor partiu.
Ou nem chegou.

Um reclama da solidão.

Outro, da família numerosa que o atormenta com mil problemas.

Um terceiro aponta o excesso de trabalho.
Aquele outro reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento o frio.
Outro lamenta a estação invernosa que não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade.

Afinal, onde será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio Deus não colocou a felicidade no gozo dos prazeres carnais.

Isso porque uma criatura precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra, não poderia encontrar a felicidade

Amoroso e bom, o Pai também não colocou a felicidade na beleza do corpo.
Porque ela é efêmera.
Os anos passam, as estações se sucedem e a beleza física toma outra feição.
A pele aveludada, sem rugas, sem manchas, não resiste ao tempo.
E os conceitos da beleza se modificam no suceder das gerações.
O que ontem era exaltado, hoje não merece aplausos.

Também não a colocou na conquista dos louros humanos, porque tudo isso é igualmente transitório
Os troféus hoje conquistados, amanhã passarão a outras mãos, mostrando a instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade na saúde do corpo, que hoje se apresenta e amanhã se ausenta.

Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades, não colocou a felicidade em nada que dependesse de outra pessoa, de alguma coisa externa, de um tempo ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade depende exclusivamente de cada criatura.
Brota da sua intimidade. Depende do seu interior.
Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu: "o reino dos céus está dentro de vós"

Por isso, se faz viável a felicidade na terra.

Goza-a o ser que não coloca condicionantes externas para sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo que esse alguém não o ame.

É feliz porque pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido. E feliz porque tem consciência de sua condição de filho de Deus, imortal, herdeiro do universo.

Não se atém a picuinha, porque tem os olhos fixos nas estrelas, nos planetas que brilham no infinito.

Tem-se família, é feliz porque tem pessoas para amar, guardar, amparar.
Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.

Tem-se saúde, utiliza os seus dias para construir o bem.
Se a doença se apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.

Nada de fora o perturba.

Se as pessoas não entendem, prossegue na sua lida, consciente de que cada qual tem direito a suas próprias idéias.

Tem-se um teto, é feliz por poder abrigar a outro irmão, receber amigos. Se não o tem, vive com a dignidade de quem está consciente de que nada, em verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que sabe que a terra é somente um lugar de passagem.

Que sabe que veio de lugares distantes para cá e que, cessado o tempo, retornará a outras paragens, lares de conforto e escolas de luz.
Moradas do Pai, nesse infinito universo de Deus.

A VERDADEIRA FELICIDADE RESIDE NA CONQUISTA DOS TESOUROS IMPERECÍVEIS DA ALMA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário